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Desde março de 2018 as lojas da rede 7-eleven na Tailândia anunciaram o início do uso de reconhecimento facial e inteligência artificial em suas mais de 11.000 lojas. A rede irá utilizar a tecnologia da americana Remark Holdings para identificar usuários recorrentes, sugerir produtos aos consumidores, analisar o tráfego nos corredores das lojas, monitorar estoque de produtos na prateleira e até mesmo analisar as emoções dos clientes enquanto trafegam pela loja.

Apesar de parecer meio Black-Mirror, este tipo de tecnologia está ganhando tração no mercado asiático, particularmente na China, com alguns exemplos que listo abaixo:

BingoBox, loja de conveniência sem caixas em Shanghai. Você deve fazer login em um sistema com QR Code antes de entrar na loja e então um sistema de reconhecimento facial toca um alarme se alguém não autorizado entrar. Depois, basta passar o código dos produtos e o usuário paga com sua conta Wechat ou Alipay.

 

KPRO, um braço da KFC na China, que permite com que os usuários paguem com um sorriso. Um terminal “sorria para pagar” instalado em setembro de 2017 permite que os usuários loguem e paguem com usa conta Alipay, usando escaneamento facial.

 

Mais recentemente, a “Farmácia do Futuro” da Alipay inaugurou seu sistema de pagamento por reconhecimento facial que permite com que os usuários de remédios controlados que esqueceram suas identificações possam realizar a compra. Isto mostra a força com que os gigantes chineses da BAT (Baidu, Alibaba e Tencent) estão entrando na área da saúde.

 

Também a loja de doces Lolli & Pops revelou seus planos de usar reconhecimento facial para melhorar a experiência de seus clientes fieis e recorrentes. Ao entrar na loja, os vendedores poderão ver quais as preferências e compras anteriores para fazer recomendações assertivas, sabendo inclusive se o consumidor tem alergias. O programa será introduzido em diversas lojas ainda em 2018.

 

Reconhecimento facial in-store significa também acesso a uma mina de ouro em dados do consumidor. Informações sobre a jornada do consumidor, comportamento de compra e estado emocional poderão permitir com que os lojistas desenhem modelos detalhados dos consumidores individuais que eles atendem. Em breve, estes sistemas poderão conhecer o consumidor muito profundamente, até melhor do que os próprios consumidores. Esta é uma tendência chamada de DEEP RETAIL. Então ficam as provocações: como colocar a tecnologia de reconhecimento facial para trabalhar no profundo conhecimento e entendimento dos clientes? Como atender às crescentes expectativas dos consumidores tendo estes dados em mãos?

 

by Diego Campos, entrepreneur, strategic designer, futurist, marketing specialist, founder @ sopadeideias, photographer, backpacker. not exactly in this order.

Originalmente postado no Medium.

Informações baseadas a partir do report de tendências da Info.TrendWatching.com

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