O ícone, essa figura encarregada de substituir uma linha de comando ou encaminhar uma sequência de procedimentos, é fundamental para estabelecer uma comunicação entre homem/computador. É fundamental ao ponto de facilitar ou dificultar essa interação.
Do ponto de vista semântico e da semiologia, o termo ícone tende a ser empregado apenas para imagens que se assemelham ao objeto a que se referem. Mas, na realidade o ícone pode ter um significado substantivo ou procedural, isto é, pode simbolizar um ser concreto ou abstrato, ou, pode significar uma ação ou procedimento.
“Os ícones devem ser significativos, apropriados, coerentes, consistentes, claros, simples e definidos em pequeno número. Seu tamanho deve ser econômico em relação ao espaço de tela. Dependendo de sua utilização aconselha-se a adoção de bordas bem definidas.”
Uma “seta” indica uma direção, cabendo apenas ao indivíduo interpretar o sentido para onde ela aponta. Hoje, essa simples e abstrata representação passou por um processo evolutivo e tem sido um recurso valioso em países com altos índices de analfabetismo.
Manipular um controle remoto é bem fácil, crianças hoje em dia fazem isso com maestria, esses botões repletos de ícones aos nossos olhos se traduzem de forma instantânea, mas precisam ser compreendidos também pelo avô que acabou de comprar seu novo aparelho de som, que não sabe ler, muito menos ler inglês.
Para os projetistas de ícones é um grande desafio criar uma imagem de reconhecimento imediato, é necessário a existência de algo que nos faça lembrar e que nos dê sentido ao reconhecer a imagem apresentada. Não se pode lembrar de algo que nunca se viu ou sentiu.
O semiólogo Charles Bliss foi audacioso e tentou criar um sistema de escrita universal. Ele criou 100 símbolos fundamentais com os quais são montados outros, por justaposição ou sobreposição, particularmente gosto da proposta dele, porém, seu sistema exige um certo esforço lógico. Com sua morte em 1985 ); seu plano não foi alcançado.
Fonte: Design Culture
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